30/07/2021 04h01
O dia se perdeu na agenda, mas era comecinho de 1994. Não chovia em São Paulo, disso ele se lembra embora, a cada segundo, 16 bilhões de litros de água sejam despejados em forma de chuva sobre a Terra. O jornalista Marcelo Duarte, na época com 29 anos, não se recorda se o sol estava forte. A propósito, é preciso acender 4 octilhões de velas para brilhar feito ele.
Quando saiu da reunião na sede da editora Companhia das Letras, que ficava na Rua Tupi, no bairro do Pacaembu, em São Paulo, a cabeça de Duarte fervilhava de ideias e empolgação. Seu coração batia mais forte, muito mais acelerado que as 72 vezes por minuto tradicionais, enquanto procurava onde havia estacionado o seu Gol prata. Acertara a publicação de seu primeiro livro, O Guia dos Curiosos , um almanaque de capa laranja que acabaria marcando toda uma geração de brasileiros (talvez, mais de uma geração).