Sentimento universal pode favorecer a resiliência e valorizar a vivência Por Alex Bessas
19/07/21 - 03h00
Tão presente e, ao mesmo tempo, tão paradoxal, não é à toa que a saudade frequente a poesia.
Foto: iStock/Divulgação
A plenos pulmões ou em um simples sibilar, a saudade é um sentimento com um quê de universal. Seja por alguém, por alguma coisa, lugar ou acontecimento, todo mundo, em algum momento, já manifestou essa sensação de falta que, em vez de amarga, tem um quê de agridoce.
A onipresença desse lamento, que é também elogio, se faz perceber no cancioneiro nacional. O repertório da música brasileira, afinal, é permeado pelas mais autênticas formas de saudades. Pode aparecer na forma daquela nostalgia bucólica, “de um lugar bem pra lá do fim do mundo”. Talvez ganhe um apelo mais sertanejo, da lembrança “do luar da minha terra”. Surge ainda como memória da infância, de um tempo em que se “era feliz e não sabia” e que é