Entre a bolha e o abismo
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Impressão desenfreada, otimismo exagerado e preços inflados são receitas clássicas para grandes problemas| Foto: Sarah Rogers / The Daily Beast / Photos Getty
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A Ucrânia acabou se tornando uma bússola para o que pode acontecer com o mundo num futuro próximo, uma vez que funciona hoje como o ponto nevrálgico das relações entre Estados Unidos e Rússia. É verdade que, com a gestão Biden, Putin já conquistou duas grandes vitórias: a suspensão das sanções às empresas que estão construindo o gasoduto Nord Stream 2 (tema que abordei recentemente aqui) e a prorrogação do acordo New Start (Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas), que limita a quantidade de armas nucleares que americanos e russos podem utilizar. Porém, a relação entre Washington e Moscou subiu para um novo patamar de tensão nos últimos dias. Primeiro, neste domingo (27), quando o Pentágono decidiu bombardear posições de milícias apoiadas pelo Irã (aliado dos russos), na Síria e no Iraque. Segundo, com o início ontem (28) de exercícios militares entre EUA e Ucrânia no Mar Negro, junto a outros 30 países. A Rússia emitiu fortes apelos pedindo o cancelamento das manobras. Mas, diante da negação, o Ministério da Defesa russo alertou que poderá reagir, caso necessário, para proteger sua segurança nacional.